01/08/2013

Antonio Barros será Cidadão de Salvador

A Câmara Municipal de Salvador aprovou o projeto que concede o título de Cidadão de Salvador ao Auditor Fiscal Antonio Barros. A indicação, feita pelo Vereador e auditor Virgilio Pacheco, é resultado de uma consulta aos colegas da Sefaz. O Feirense Antonio Barros foi escolhido em função do trabalho social desenvolvido no Instituto Universal do Amparo- IUA, que atende a mais de 400 pessoas carentes de Salvador. Assim que a aprovação for publicada no Diário Oficial do Município, será marcado o dia da entrega do título.
O IUA nasceu em 1990 com a missão de alimentar, educar, vestir e proteger crianças e adolescentes em situação de risco pessoal e social. Segundo Barros, a idéia inicial era trabalhar com jovens, em decorrência do pequeno numero de organizações então existentes para este fim. Mas, devido a outros tipos de necessidades que foram chegando à casa, o IUA começou a desenvolver também outros projetos, como o abrigo, a creche, as escolas profissionalizantes e o albergue.
O abrigo, que funciona na própria instituição, acolhe hoje 52 crianças e adolescentes. A creche atende a 112 crianças de dois a seis anos, que ingressam às 7:30h da manhã e retornam as suas casas às 17h. Nesse período, além das aulas, elas recebem café, almoço e uma sopa na hora da saída.
Este ano o IUA iniciou aulas profissionalizantes, com cursos de informática, manutenção em computador e impressoras, marcenaria, pedreiro. eletricista industrial, alimentação natural e produção de brindes. Esses cursos têm 240 pessoas inscritas. O Albergue é uma casa de acolhimento que abriga acompanhantes de pacientes hospitalizados, principalmente os do HGE, CICAM e HEMOBA.
Todos os atendimentos feitos pelo instituto são gratuitos e a manutenção se dá através de doações e eventuais convênios com a prefeitura e governo do Estado. "Meus colegas auditores permitem o desconto em folha de uma contribuição para o IUA, uma receita permanente e certa", conta Barros. O auditor não se queixa da falta de ajuda financeira, mesmo que ela seja insuficiente, mas da falta de comprometimento das pessoas que se propõem a ajudar o projeto, "A maior dificuldade são pessoas que se doem para o trabalho, mas a maioria só tem essa boa vontade no período natalino", conta Barros, que se queixa da escassez de mão de obra após o período de festas.
Além do trabalho com o instituto, Barros desenvolve ainda outro projeto, chamado Missão de Resgate à Vida. Uma vez por semana, em uma Kombi, Barros e um grupo pessoas saem pelas ruas de Salvador distribuindo café e atenção aos moradores de rua. "Nós emprestamos os nossos ouvidos para que eles possam falar sobre a vida deles", explica. O objetivo do projeto não é tirar as pessoas das ruas, mas sim ouvir tudo o que elas têm a falar sobre o que aconteceu durante o dia, sobre o passado e o futuro. "O morador de rua não quer sair da rua, o trabalho é possibilitar a humanização deles", explica.
O sorriso largo e a fala mansa são duas das principais características do Auditor Fiscal Antonio Barros. Quando perguntado sobre a indicação ao título de Cidadão de Salvador, responde com um ar tímido: "Uma deferência positiva que muito me sensibiliza e que ao mesmo tempo me atrela à responsabilidade de não decepcionar".

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