13/05/2008 – 09:22
Leitor defende concurso público na Secretaria da Fazenda Estadual

Mensagem: Senhor Redator, Não pretendo polemizar sobre os fatos relacionados ao "Trem da Alegria" na Secretaria da Fazenda da Bahia, mas não poderia deixar de me manifestar sobre a opinião do leitor Paulo Adan Fiorentini, aqui mesmo neste website.

Recentemente me formei no curso de Ciências Contábeis, e ainda aguardo uma oportunidade de trabalho compatível com a minha graduação, infelizmente o mercado de trabalho está bastante restrito e, portanto, tenho me esforçado diuturnamente na esperança de ser aprovado em um concurso.

As oportunidades no serviço público para as carreiras que não sejam técnicas-jurídicas, faz com que os cargos de Auditor Fiscal e Gestor Público, tenham uma importância muito grande àqueles que, como eu, os elegeram Projeto de Vida, sendo assim, não posso concordar com o referido leitor que condena a defesa intransigente do Concurso Público feita pelo IAF.

Ilustro a minha justificativa, com o recente exemplo de um jovem que ingressou no TRT de Brasília como um simples servente, e, posteriormente, foi reenquadrado como dentista, simplesmente porque contou com o apoio do pai, um conceituado magistrado. Este jovem, um dos assassinos do índio incendiado na Capital Federal foi beneficiado pelo perverso instituto do provimento derivado. Penso em quantos dentistas, pais de família, preparados e competentes, que foram preteridos por este favor público, feito à revelia da norma constitucional.

É lamentável! O que os Agentes de Tributos querem na Bahia, se me permite discordar o senhor Paulo Adan, é a mesma coisa. Fizeram concurso para um cargo de nível médio, que graciosamente foi transformado em nível superior e agora querem virar Auditores Fiscais.

E como fica nós, que estamos nos preparando há anos para o ingresso mediante o concurso público? Será que existirá algum mecanismo próprio para que os demais cidadãos possam ingressar no referido cargo sem concurso? Por que estes servidores, privilegiados com a estabilidade e os altos salários não se fartam, e desejam engabelar toda a sociedade? Por que não o concurso para eles? Por estes motivos, não posso discordar da postura intransigente e radical do IAF, pois a defesa da legalidade, da moral e da cidadania deve, por princípios, ser de fato intransigente e radical.

Causa-me espécie, a cara de pau dos que pensam ao contrário, que infelizmente colocam os seus interesses como única motivação para a existência do Estado. QUERO CONCURSO PÚBLICO. ESTOU ESTUDANDO E MEREÇO UMA OPORTUNIDADE TAMBÉM! BASTA PARA OS OPORTUNISTAS DE PLANTÃO! – (João Evangelista de Jesus).