Entrevista: Elisabeth Regis D´Albuquerque
Dedicada à família, aos amigos e às tarefas da vida, Elisabeth Regis D’Albuquerque é uma mulher que se sente realizada pela contribuição durante o exercício do cargo de Auditora Fiscal, na Sefaz, e feliz em continuar com a mesma vontade de fazer acontecer após a aposentadoria, enfrentando os desafios, tanto profissionalmente como pessoalmente, através das conquistas alcançadas. O IAF teve o prazer de conhecer a história desta grande mulher. Confira!
PÓS-APOSENTADORIA: “Me considero uma pessoa feliz com tudo que aprendi e ensinei”
Nascida em Salvador, Elisabeth Regis D’Albuquerque morou alguns anos na cidade de Cachoeira, Recôncavo baiano, onde sua família de origem era radicada e administrava a farmácia fundada por seu avô paterno Augusto Leciague Regis, e conviveu com famílias descendentes de africanos, árabes, libaneses, franceses e portugueses. Uma cultura local rica em música, dança, poesia, pinturas e principalmente em filosofias de vida e de práticas religiosas.
Devido a experiência em Recursos Humanos na instituição bancária, foi convidada para atuar nesse setor, na Sefaz. Ao passar do tempo, e querendo ampliar seus conhecimentos na área tributária foi trabalhar na DITRI, como parecerista. Sendo uma eterna aprendiz e sempre aberta a novos saberes aceitou convite para trabalhar na área financeira da Sefaz onde se familiarizou com as práticas contábeis e orçamentárias do Estado.
Quando retornou para a capital baiana, estudou no Colégio das Mercês e no Colégio 2 de Julho, finalizando um ciclo, para vir a ser formada em Administração de Empresas pela Universidade Católica de Salvador (UCSAL). Ainda frequentando a universidade fez estágio na antiga Setrabes como pesquisadora de campo e em seguida participou da seleção para atuar como Recenseadora em 1970. Dando prosseguimento a sua busca pela autonomia foi aprovada no concurso do BANEB, onde trabalhou por anos como Auxiliar de Escritório, Escriturária, Analista Econômico-financeiro, mediante aprovação em concurso interno. Ainda no banco foi selecionada pela Associação dos Bancos Comerciais e Estaduais (ASBACE) para o curso de Administração Bancária em regime interno durante 9 meses, em Belo Horizonte, no ano de 1988, o que lhe rendeu a Coordenação de Cargos e Salários. Em 1995, foi reintegrada à carreira de Auditor Fiscal na Delegacia de Juazeiro, na área de fiscalização.
Esta experiência adquirida na IGF, lhe rendeu o convite para participar do Programa de Modernização da Sefaz. “Foi um período muito enriquecedor. Logo em seguida fui convidada a trabalhar na Diretoria Geral para criar um grupo multidisciplinar com objetivo de promover a saúde integral do servidor da Sefaz. Assim se formou o Núcleo de Desenvolvimento do Ser Humano com atuação até os dias atuais”, lembra.
Sempre muito dedicada à família, e diante da maior necessidade da sua presença com os pais, ela pediu licença prêmio e mais adiante a aposentadoria no início de 2004. Em 2005 foi convidada para trabalhar na Diretoria de Planejamento da SAEB, onde permaneceu até 2008 e logo depois iniciou trabalho voluntário numa organização não-governamental, o JUSPOPULI. Nesse período conviveu com a equipe formada na sua maioria por estagiários de Direito, Psicólogos e Assistentes Sociais, o que lhe deu uma visão ampla sobre os problemas sociais vivenciados pela população de baixa renda.
Mesmo com todas as atividades, não deixou de lado o desejo de estar sempre em busca de conhecimentos. Elisabeth obteve o título de Mestre pelo Centro Interdisciplinar de Desenvolvimento e Gestão Social na Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia (CIAGS/UFBA), com Residência Social em Paris; fez intercâmbio para aprimorar a língua francesa com estadia em Aix-en-Provence; concluiu o Curso de Extensão sobre “O CUIDADO DE SI” na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFBA; e ainda atuou como Conselheira Técnica na Diretoria de Aposentados do IAF. Além disso, fez aulas de Teatro, cursos de Contadora de História e tornou-se voluntária, participando das Oficinas de Contos e Caminhos Iniciáticos. “Contar história tornou-se uma das minhas paixões. Me divirto bastante”, garante.
Contudo, ela ressalta que de todos os títulos adquiridos na vida, ser reconhecida como a VOVÓ BEBETH dos netos, Lucas e Guilherme, é o mais importante. “Me considero uma pessoa feliz com tudo que aprendi, ensinei e tudo que tenho de mais valioso: a minha fé em Deus, a minha família de sangue e de coração e os amigos. Sou curiosa e destemida” garantiu deixando aos leitores uma frase de Sócrates: “A alegria da alma constitui os belos dias da vida seja qual for a época”.
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