IAF Sindical entrevista Anselmo Brum
Nascido em Ituberá, no Baixo Sul da Bahia. Anselmo ingressou na Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia no ano de 1981, passando pela Infaz Juazeiro, Delegacia de Jacobina, Infaz Irecê, Ipiaú, Calçada, Pirajá, Simões Filho, IFEP Indústria e Consef. Depois da longa jornada, aposentou-se no ano de 2015, aos 58 anos de idade.
O IAF Sindical, seguindo prestigiando os colegas Auditores Fiscais que se aposentaram, entrevistou Anselmo Brum que, gentilmente, contou um pouco de sua história.
IAF Sindical: Conte-nos um pouco sobre sua formação
ANSELMO: Cursei o primeiro e o segundo graus em Ituberá, no Colégio da CNEC - Campanha Nacional de Escolas da Comunidade. Em 1975 conclui o Curso Normal. Em 1976 fiz o vestibular da Universidade Federal da Bahia (UFBA), concorrendo a uma vaga no curso de Ciências Contábeis. Formei em 1980. Em 1981 fiz uma pós-graduação pelo CENID, em Administração Financeira e, em 2010 concluí Mestrado em Educação pela Universidade Lusófona em Lisboa-PT.
IAF Sindical: Como foi que você chegou ao cargo de Auditor Fiscal?
ANSELMO: Nos anos 80, saí da faculdade e ingressei numa sociedade anônima, no cargo de gerente financeiro. Apareceram três concursos que minha turma da faculdade estava disputando: Auditor Fiscal da Receita Federal, Estadual e do Banco Central. Fiz os dois primeiros sendo aprovado e esqueci a data da prova do terceiro.
IAF Sindical: Quais a suas experiências no cargo de Auditor Fiscal?
ANSELMO: Inicialmente foi terrível. Saí de um salário com algumas vantagens, inclusive despesas de viagem pagas e assumi, no interior, com 20% a menos no salário, tendo que pagar meus deslocamentos e hospedagem. Trabalhava num escritório “chique” na Tancredo Neves e saí para a Inspetoria de Juazeiro, e três meses depois para Irecê, onde só tinha poeira. Ar condicionado, nem pensar. Foi uma redução considerável de status.
IAF Sindical: Como foi a conciliação entre a vida de pai, esposo, avô (?) e Auditor Fiscal? Enfrentou muitos desafios na múltipla jornada?
ANSELMO: Passei minha vida inteira solteiro, sem grandes problemas familiares (casei aos 48 anos) e tenho uma única filha que compartilho a guarda com a mãea. O trabalho de Auditor Fiscal sempre foi divertido, como todos os trabalhos que fiz na vida.
IAF Sindical: O que mais te orgulha no período que você passou na Sefaz?
ANSELMO: Sem dúvidas, o que mais me orgulha foi o reconhecimento das pessoas pela minha atuação profissional, reconhecimento pelos conhecimentos que geramos juntos e grandes amizades que foram construídas.
IAF Sindical: Quando você se aposentou, como foi a adaptação à nova realidade?
ANSELMO: Foi tranquilo. Até porque me preparei para realizar novas atividades pessoais e profissionais.
IAF Sindical: Você se tornou um “inativo” ou se dedica a outras atividades?
ANSELMO: Montei, três meses depois da aposentadoria, um escritório de consultoria no qual trabalho muito, continuei lecionando, plantei muito coco numa fazenda, fui síndico, continuei estudando música, enfim, não parei. Não tive tempo pra saber o que é ser inativo ou aposentado. Sinto-me um garoto saindo da faculdade, com muitos projetos.
IAF Sindical: Como vivenciou o período da pandemia e como essa realidade impactou a sua vida?
ANSELMO: Continuei trabalhando, fizemos muita farra em família, fui muito na fazenda somente para ter um motivo para viajar, enfim, só foi difícil quando me contaminei e passei uns dias no hospital. Tudo passou. Estamos aqui.
IAF Sindical: O que você gostaria de dizer que não foi perguntado?
ANSELMO: Considero-me muito bem representado com o nosso sindicato, o IAF Sindical, que muito tem feito na defesa das prerrogativas e dos direitos dos Auditores Fiscais.
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