Agência Câmara
O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, afirmou nesta manhã que a Casa precisa de três semanas com pauta livre (sem medidas provisórias com prazo de tramitação vencido) para votar a reforma tributária (PECs 233/08, 31/07 e 45/07). Em entrevista aos veículos de comunicação da Câmara, Chinaglia admitiu que só poderá votar a matéria depois das eleições e disse que há ministros do governo atrapalhando a análise do assunto, porque "clamam" ao presidente Lula que edite medidas provisórias por, entre outros motivos, "falta de planejamento de sua equipe".
"São grandes as chances de votar a reforma tributária ainda neste ano. Se conseguirmos três semanas sem nenhuma MP trancando a pauta, nós votamos. É simples assim, mas tem ministro que aparentemente não percebeu isso e precisa parar de olhar só para o próprio umbigo e defender o governo do qual ele faz parte", reclamou.
Chinaglia disse que tem conversado sobre o assunto com Lula e alertado para a necessidade de o governo restringir a edição de MPs para não prejudicar na relação com outros poderes. "Nós queremos votar a reforma tributária, mas com tantas MPs será impossível. Então, o governo não pode dizer amanhã que queria votar e a Câmara não aprovou. Não é uma conversa fácil, mas tem sido franca e leal", concluiu.
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