06/06/2023

Auditores Fiscais discutem, em congresso, "Impostos 2030: que Fisco e que política fiscal devemos ter no final da década"

Os Auditores Fiscais do Brasil e de Portugal iniciaram ontem, 5, a 7ª edição do Congresso Luso-Brasileiro de Auditores Fiscais, em Vila Nova de Gaia, Portugal. O tema desta edição é Impostos 2030: que Fisco e que política fiscal devemos ter no final da década.

O Congresso é realizado pela Unafisco em conjunto com Associação Nacional das Associações de Fiscais de Tributos Estaduais (Febrafite) e Associação Sindical dos Profissionais de Inspeção Tributária e Aduaneira (Apit). Para ver o vídeo da abertura, clique AQUI.

Na primeira parte da cerimônia de abertura, autoridades do Brasil e de Portugal discursaram ao público presente no Auditório Municipal de Vila Nova de Gaia. Um ponto recorrente nas diferentes abordagens foi que a postura mais correta diante dos desafios do futuro é enfrentá-los com foco central nas pessoas.

O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, deu início ao congresso, defendendo o papel do Fisco como fundamental para o funcionamento das economias e das sociedades do Brasil e de Portugal.

"É fundamental porque o crescimento econômico, a justiça social e a melhor repartição dos rendimentos exige transparência fiscal. É a missão dos auditores garantir essa transparência, a capacidade de acompanhar a evolução econômica e social do ponto de vista fiscal. É uma função insubstituível, de grande responsabilidade”, afirmou Sousa.

O presidente da Unafisco Nacional, Mauro Silva, iniciou sua fala afirmando que a visão de futuro não deve ser construída a partir de um olhar voltado apenas para trás. “As lições do passado eu não as vejo e não as valorizo com um olhar para trás. Quem viveu as emoções, as transformações e traz as experiências do passado está exatamente aqui. A transição do presente para o futuro será feita conosco.”

 

Em seguida, Mauro Silva propôs como método um olhar de 180° graus, a fim de identificar os principais desafios do presente para, então, pensar o futuro. “Com esse olhar, verei reflexos da pandemia; a Inteligência Artificial chegando com toda velocidade; guerras em pleno século 21; demandas relativas ao meio ambiente; e uma persistente disputa entre os pensamentos de direita e de esquerda, que se alternam no poder, deixando sua marca na política fiscal e no Fisco.”

“É preciso pensar esse futuro tão disruptivo com foco nas pessoas. Naquelas que estão dentro do Fisco e nos contribuintes, para que eles se sintam honrados em pagar tributos. Se o tributo é justo, há uma sensação de cidadania fiscal e as pessoas se sentem incluídas ao pagá-lo”, disse Mauro Silva.

O presidente do IAF Sindical, Marcos Carneiro, está presente no evento representando os Auditores Fiscais baianos.

"Foi abordado muito por todos os palestrantes a necessidade de focar e priorizar a Educação Fiscal e a Cidadania Fiscal nas Escolas como pontos fundamentais e prioritários para termos as crianças como aliadas na disseminação da importância da tributação, da função social dos tributos e a essencialidade de cuidar da qualidade dos gastos públicos em um cenário de escassez de recursos na próxima década", disse Carneiro.

 

Veja mais em: https://www.febrafite.org.br/7a-edicao-do-congresso-luso-brasileiro-de-auditores-fiscais-comeca-com-olhar-para-o-futuro-focado-nas-pessoas/

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