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BahiaJá: Tem candonga na SEFAZ, comentário do economista Antonio Vieira

No conto "Um Homem Célebre", o músico Pestana, criação de Machado da Assis, se dirige ao seu editor para apresentar uma nova composição e dar-lhe título. O editor então, cheio de orgulho, sugere para a polca um nome que considera maravilhoso: "Candongas Não Fazem Festa".

Intrigado, o músico pergunta o que isso quer dizer e recebe a seguinte resposta: "Não quer dizer nada, mas populariza-se logo". Pestana aceita.

É fácil lembrar dessa passagem ao ler os documentos produzidos pelo sindicato dos agentes. Há inúmeras informações que não significam absolutamente nada e outras que não enganam nem uma criança, mas que são repetidas e repetidas, sempre num tom de indignação vulgar, na esperança de que, tal como uma polca medíocre do músico Pestana, se popularizem.

Não adianta.

A sociedade rejeita a idéia de trem da alegria e por mais que se façam caras e bocas próprias de personagens injustiçados, ninguém simpatiza com a causa de quem quer driblar a Constituição Federal, com ou sem disfarce. Mentiras como "só Bahia e Piauí não fizeram carreira única" ou "os agentes não querem ser Auditores" não convencem ninguém que seja isento e tenha um mínimo de bom senso.

A rejeição vem naturalmente, quase por gravidade. Aos Auditores de verdade, portanto, cabe a tarefa de jogar luz sobre essa história; iluminar cada gesto daqueles que querem destruir a Sefaz, sabendo que operações imorais só têm sucesso longe dos olhos da sociedade.

Quanto mais arejado for o ambiente, quanto mais livremente circularem as informações, mais difícil será a concretização do trem da alegria. Não é por acaso que seu projeto de lei tramita como "sigiloso". Ele teme a luz. Outra missão importante neste momento é "dar nome aos bois".

Os Auditores Fiscais podem e devem saber nome e sobrenome de quem "vendeu a alma ao diabo" e está tentando vender a dos colegas também. Afinal, a situação vivida hoje pela Sefaz não encontra paralelo em sua história pelo menos nos últimos 30 anos. Crises existiram, conflitos não foram poucos, mas se divergia, na verdade, quanto aos melhores caminhos para desenvolver a instituição, que bem ou mal se fortalecia ano após ano.

Discordava-se eventualmente de projetos, pessoas, políticas ou até de governos inteiros, mas ninguém supunha que determinado grupo poderia ter por meta destruir a Sefaz. Hoje essa ameaça é real, mas felizmente o sentimento de que é preciso reagir com firmeza está presente em cada Auditor.

Novecentos profissionais de alta qualificação não vão se deixar humilhar. Por isso ninguém se engane: os Auditores Fiscais vão vencer essa luta, o tempo vai passar e o mundo vai dar muitas voltas, mas os homens que tentaram destruir a Secretaria da Fazenda serão lembrados para sempre, ao lado daqueles que diante de tudo isso se omitiram. Uma última informação importante: Pestana, o personagem, morreu frustrado por nunca ter conseguido ser um grande compositor. Não tinha talento.

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